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30 de janeiro de 2012

COMPRAMOS UM ZOOLÓGICO: ACRIDOCE NA MEDIDA CERTA.

Cameron Crowe não costuma pesar a mão na direção. "Quase Famosos" mostrou a sensibilidade e uma excelente pesquisa histórica, "Jerry Maguire" deu o "Oscar" de ator coadjuvante a Cuba Gooding Jr. e nos mostrou um Tom Cruise frágil, lutando para dar a volta por cima no mundo esportivo. Em "Compramos um Zoológico" a obra de Benjamin Mee passa para a telona com muito carisma, emoção na dose certa e o romantismo sem o xarope das atuais produções americanas.


Baseado em uma história real, Benjamin é Matt Damon, viúvo disposto a dar mais qualidade de vida para os dois filhos, buscando uma bela casa no interior da Califórnia. Missão cumprida, logo ele descobre o brinde atrelado à sua compra: um zoológico em franca decadência. Sem experiência alguma, ele conta com o apoio dos funcionários para transformar o local, cuidar dos animais, impedir a rebeldia do filho mais velho e fingir que não se sente atraído por Kelly Foster, a sempre bela Scarlett Johansson.


O Zoo precisa ser reaberto, o dinheiro não é suficiente, vários problemas assombram o nosso protagonista. Aos poucos a natureza, os animais e a tenacidade de Mee vão conspirando a favor, enquanto o roteiro inspirado de Aline Brosh McKenna (O Diabo veste Prada), vai driblando as soluções fáceis e tecendo um painel de solidariedade, respeito, amizade e amor. Todas as obras do Zoo precisam estar prontas no tempo previsto para obter novamente o aval do inspetor responsável, extremamente rigoroso e pouco interessado em uma cruzada fadada ao fracasso.


É um filme otimista sem ser caricato e vale a pena pelo talento de Matt Damon e pela doçura de Elle Fanning, segura como a menina do interior, à procura de um grande amor e com talento suficiente para vôos maiores.

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