Parece até brincadeira ouvir os comentários sobre algumas pessoas se levantando e indo embora do cinema, quando "O Artista" foi lançado. Mas não é. Este filme mudo e em preto e branco, co-produção francesa e americana, causou uma certa estranheza. O Inesperado foi o filme ter caído nas graças da crítica e se tornado a grande sensação do ano. Foi muito discutida a iniciativa do diretor Michel Hazanavicius, sua ousadia e criatividade. O festival de Cannes foi o primeiro a lhe conferir um prêmio, o de "Melhor Ator", O "Globo de Ouro" veio em seguida com 6 indicações. O Bafta (prêmio equivalente ao "Oscar" na Inglaterra) lhe conferiu 12 indicações e finalmente O "Oscar" deu 10 indicações, das quais 5 foram vencedoras, incluindo filme, direção e ator para Dujardin.
As premiações do "Oscar" foram um feito inédito até então para uma Academia tão conservadora. O filme passeia pela queda da bolsa de Nova York em 1929, faz diversas homenagens a filmes como "Cantando na chuva" entre outros. O que está preocupando agora os poderosos dos estúdios hollywoodianos é como agir de agora em diante? Se a metáfora do filme fala de um ator avesso às novas técnicas cinematográficas, como diante de tanta tecnologia atual à disposição, ver tamanha simplicidade e beleza ganhando as telas do planeta? A resposta talvez venha desta mesma indústria que avança cada vez mais, derrubando quem se coloca em seu caminho. É pagar pra ver!
Bélissimo.......e imperdível.
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