Páginas

11 de janeiro de 2012

O PODER DE UM ELENCO ESTELAR!

George Timothy Clooney, passou um bom tempo em ER como o Dr. Doug Ross, seduzindo meio mundo até que Hollywood farejou o potencial do galã, charmoso e grisalho que elevava os índices de audiência quando aparecia no seriado: apostou e Clooney ganhou.

Com Quentin Tarantino em "Um drink no inferno", Michelle Pfeiffer no romântico "Um dia especial", Nicole Kidman no Thriller "O Pacificador" foi ao céu e sob a direção de Joel Schumacher em "Batman e Robin" foi ao inferno com a forte carga homoerótica que o diretor não fez questão de esconder.


 Com mais acertos do que erros, foi premiado em "Syrianna" como ator coadjuvante com o "Oscar" e o "Globo de Ouro". A vontade de dirigir um longa, surgiu com o interessante "Confissões de uma mente perigosa", mas foi com "Boa noite e boa sorte" e a minuciosa reconstituição de uma fase negra nos EUA, o Macartismo, onde um jornalista corajoso vivido por um David Strathairn brilhante, confronta o poderoso senador McCarthy, a prova final: estava ali um diretor altamente sensível, com pulso firme e muita atenção na condução dos atores.


Com a estréia de "Tudo pelo poder", seu quarto filme na cadeira de diretor, tudo o que foi dito anteriormente  está confirmado. A trama com um bom roteiro, baseado em "Farragut North" de Beau Willimon onde não há novidades,( já que os meandros sujos da política para nós, comparado aos do filme, são brincadeiras de criança) é muito bem conduzido. No entanto, a sensibilidade para contar a história de um assessor idealista que se corrompe em nome da sobrevivência, ao mesmo tempo em que amadurece é perfeita.

Um Ryan Gosling inspirado vai se entregando ao confronto ético do personagem, perdendo a ilusão de uma campanha política, a seu ver motivadora, excitante e aos poucos mostrando seu lado competitivo e altamente sórdido. E como ele, o elenco vai embarcando nesta viagem adrenalítica com atuações de primeira de Evan Rachel Wood (que nos surpreendeu em "Aos treze"), Paul Giamatti e Phillip Seymour Hoffman, Marisa Tomei, Jeffrey Wright e um George Clooney deixando seu elenco brilhar enquanto participa como o candidato à beira de uma rasteira política.


O filme já saiu com 4 indicações ao "Globo de Ouro": diretor, roteiro, ator (Ryan Gosling) e filme. Um bom sinal para as indicações ao "Oscar", já bem próximas, enquanto solidifica  a carreira de um diretor traçando um caminho sóbrio, mas em solo firme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário