Um famoso cirurgião plástico inconformado com a morte da esposa, uma pele criada em laboratório a partir do desejo de salvar a mulher e o alvo atual desta obsessão. São tempos que norteiam o vértice deste novo e muito curioso longa de Pedro Almodóvar, onde ele reedita sua antiga parceria com Antonio Banderas. Em "A Pele que Habito", o mistério está presente em cada cena de um diretor econômico, contido nas cores, longe de toda a estética e da emoção presente nos filmes anteriores.
Sempre com a mão firme na direção, o bolo não desanda em parte pela excelente atuação de Elena Anaya, que apenas com um olhar consegue mostrar todo o sofrimento, a dualidade, o desespero de uma situação de submissão, enquanto Banderas continua com a mesma máscara para todas as cenas, perdendo credulidade e não convencendo como um homem à beira da loucura, que em nenhum momento nos dá um pequeno sinal de toda a transformação e nuances de um personagem rico, vivendo sob o peso constante da tragédia e dominado pela sombra de uma grande decepção.
Sempre com a mão firme na direção, o bolo não desanda em parte pela excelente atuação de Elena Anaya, que apenas com um olhar consegue mostrar todo o sofrimento, a dualidade, o desespero de uma situação de submissão, enquanto Banderas continua com a mesma máscara para todas as cenas, perdendo credulidade e não convencendo como um homem à beira da loucura, que em nenhum momento nos dá um pequeno sinal de toda a transformação e nuances de um personagem rico, vivendo sob o peso constante da tragédia e dominado pela sombra de uma grande decepção.
As diferenças cenográficas, de figurino e atores é visivelmente diferente de clássicos como "Volver", "Fale com ela", "Tudo sobre minha mãe", "Carne Trêmula só para citar alguns. Falta paixão, arrebatamento e a todo momento esperamos a tal grande virada da história... bom, vou parar por aqui para não desanimar a quem pretende conferir o trabalho deste grande cineasta.
Houve uma intenção evidente em mudar o estilo, experimentar. A adaptação de "Mygale" de Thierry Jonquet, já nos remete a um ambiente bem diferente dos usualmente usados por Almodóvar, pois em lugar das cores exuberantes, as provocações, as mulheres fortes, há uma opção consciente pela distância e frieza.
Seria o momento para experimentar , pois parece que nosso diretor tão cheio de emoção, primou desta vez pelo recurso minimalista, para falar sobre transformação: as que sofremos, as que presenciamos em nossos entes queridos e a do homem que vive perturbado, tentando a felicidade do seu jeito,ao mesmo tempo em que um sentimento de vingança, enfrenta este amor tão incômodo, quanto condenado.
Houve uma intenção evidente em mudar o estilo, experimentar. A adaptação de "Mygale" de Thierry Jonquet, já nos remete a um ambiente bem diferente dos usualmente usados por Almodóvar, pois em lugar das cores exuberantes, as provocações, as mulheres fortes, há uma opção consciente pela distância e frieza.
Seria o momento para experimentar , pois parece que nosso diretor tão cheio de emoção, primou desta vez pelo recurso minimalista, para falar sobre transformação: as que sofremos, as que presenciamos em nossos entes queridos e a do homem que vive perturbado, tentando a felicidade do seu jeito,ao mesmo tempo em que um sentimento de vingança, enfrenta este amor tão incômodo, quanto condenado.
Jorge Ricardo
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