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19 de dezembro de 2011

UM ANO NOVO SEM SAL E TEMPERO.

Não é a primeira vez e nem será a última. Alguns filmes usam como isca o elenco com nomes de peso, jovens promissores, gatos e gatas para contar uma historinha boba, que no máximo daria um curta. Garry Marshall, o diretor de "Uma linda mulher" já tinha usado a mesma fórmula com mais tempero em "Idas e vindas do amor" sobre o dia dos namorados e usa a mesma lista para "Noite de Ano Novo".

As histórias são muitas, os clichês enormes e o final pesa na falta de imaginação. O foco agora é a noite de ano-novo com a preparação da grande festa na "Times Square". A produtora da festa é Hilary Swank, mega preocupada com todos os detalhes, contando com a ajuda de um Chris Ludacris Bridges, sem função e com carinha de cachorro sem dono. Estaria ele além de preocupado, apaixonado? Enquanto Katherine Heigl, uma dona de bufê tenta resolver suas pendengas amorosas com um insosso Jon Bon Jovi. Ashton Kutcher é um  desses caras revoltados com o natal que fica preso no elevador com Lea Michele, a cantora de Glee, que aliás deveria não ter entrado nesta furada.





E por aí vai: Robert De Niro, Josh Duhamel, Abigail Breslin (a pequena Miss Sunshine já adolescente),Halle Berry e a maldição do Oscar (depois do prêmio de melhor atriz, não consegue um papel decente), Jessica Biel e claro Sarah Jessica Parker vivendo no mundo de Sex and The City, pois não consegue sair do glamour e das cenas nitidamente forçadas, sempre destoando um pouco das demais atrizes.



No pacote pelo menos um biscoito conseguiu sair ileso. A trama de Michelle Pfeiffer completamente irreconhecível no papel de uma secretária faz tudo e travada que passa a se relacionar com o mundo através de um mensageiro, na verdade um "Bikeboy" descolado e caindo como uma luva para a juventude de Zac Efron. O jogo entre os dois é interessante e vale pequenos, mas bons momentos.



Quando acaba o filme agradecemos o fato de não aguentar aquele frio insuportável para ficar no meio de uma multidão, esperando uma bola rolar e um monte de papel picado, dando o tom do revéillon. Apesar do tumulto e da multidão ainda fico com o de Copacabana, este sim, uma mega produção merecedor de um filme `a sua altura, mais caliente e menos forçado.

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